sexta-feira, 25 de junho de 2010

Assistindo o jogo da Copa no trabalho...

Como assistir aos jogos da Copa no trabalho sem cometer gafes

ROSANA FERREIRA
Editora-assistente de UOL Estilo Comportamento
  • Almeida Rocha/Folhapress Evite muitos apetrechos, como perucas e bandeiras, e esqueça as vuvuzelas
Em dia de jogo da seleção brasileira pela Copa do Mundo, o Brasil para, literalmente. No último dia 15, na estreia brasileira num dia útil, o trânsito ficou caótico algumas horas antes do início do jogo marcado para as 15h30, antecipando o horário de pico na cidade de São Paulo. É que muita gente sai do trabalho para assistir à bola rolando em casa ou nos bares. Quem não consegue dispensa, acaba vendo os jogos no trabalho, como pode acontecer com muitos trabalhadores nesta sexta-feira, dia em que o Brasil enfrenta Portugal, às 11h.
Se este é o seu caso, confira abaixo as dicas da consultora de etiqueta Célia Leão, de São Paulo, para evitar gafes na hora do jogo:

1 Para quem não é dispensado do trabalho, mas não abre mão de assistir ao jogo do Brasil fora, vale pedir dispensa, faltar ou inventar uma desculpa?
O mais honesto, segundo a consultora de etiqueta, é faltar. “Mas avise antes e se prepare para ser descontado ou repor o dia perdido. Inventar desculpas jamais”, avisa. Outra opção é usar o banco de horas.

2 Quem não é dispensado e pode assistir ao jogo no trabalho deve ficar com os demais funcionários ou pode permanecer na sua mesa trabalhando?
Se a empresa disponibilizar um local para todos os funcionários assistirem, junte-se a eles. “Torcer em grupo é mais divertido”, diz Célia.

3 Não assistir junto com os demais funcionários quando é permitido e preferir ficar trabalhando não passa uma imagem de antipático ou puxa-saco?
Não. “Temos de respeitar os valores individuais. Se a pessoa não quer torcer com os demais colegas e prefere trabalhar, é um direito dela. Eu mesma prefiro trabalhar ou fazer atividades mais interessantes a assistir aos jogos da seleção”, afirma a profissional.

4 Como deve ser o comportamento: contido, alegre, extrovertido? Pode gritar e xingar?
O comportamento pode ser alegre e mais solto que o habitual. Gritos podem escapar em meio à paixão pelo futebol, e tudo bem. Mas, falar palavrões no ambiente de trabalho, não, principalmente se o seu chefe estiver presente. “Seja responsável com a sua imagem”, aconselha.

5 É aconselhável levar apetrechos como cornetas, vuvuzelas e bandeiras, além de se vestir com a camisa da seleção brasileira, usar chapéus e perucas?
Se a empresa permitiu ver os jogos no ambiente trabalho, aproveite, mas se lembre de que você não está num estádio, na sua casa ou num bar, portanto esqueça vuvuzelas, pandeiros, bandeiras, perucas e afins. Segundo Célia, não tem problema vestir-se com a camiseta do Brasil. “Mas quem é verde e amarela é a bandeira, não você. Prefira vestir a camiseta no local, antes do início do jogo, e tira-a quando terminar.” Para as mulheres, um aviso da consultora: não acredite se alguém disser que esmaltes verde, amarelo e azul são bacanas. Evite – pelo menos, no local de trabalho.

6 Assistir ao lado do chefe pode ser uma boa oportunidade para estreitar relações?
Se a ideia é se aproximar do chefe, puxar papo, conversar sobre assuntos complexos, esqueça. No meio do jogo, ninguém vai querer ter um “papo-cabeça”. Para a consultora de etiqueta, pode, isto sim, ser uma boa oportunidade para o chefe conhecer o seu lado mais extrovertido, mas sem puxa-saquismo.

7 Como lidar com fanáticos que fazem comentários inoportunos?
Um “psiu” uma vez e pronto. “Se o fanático não entender, é só esperar para vê-lo se enforcar com a própria corda”, brinca Célia. Afinal, diz ela citando Antoine de Saint-Exupéry, “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.

8 Deve-se voltar ao trabalho logo após o jogo ou fazer uma pausa não faz mal?
Se até depois de uma reunião de trabalho as pessoas batem um papo descontraído e tomam um café, imagine num jogo da Copa. “Uma pausa para comentar o jogo, tirar a camiseta e almoçar ou lanchar é conveniente”, diz Célia. Mas tenha em mente que provavelmente você terá de trabalhar até mais tarde ou repor as horas em outro dia. “Seja responsável”, aconselha a consultora.

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