segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Comunicação eficaz: ferramenta da liderança

Não existe segredo para uma boa comunicação. Sem dúvida, hoje, este tema tem sido cada vez mais discutido dentro das empresas por ser algo ainda considerado um dos seus maiores problemas. Evidente que onde existem pessoas, existe comunicação ineficaz.

Vejamos, por exemplo, dentro de nossa própria casa, quantos recados deixamos de anotar ou mesmo repassar por confiar apenas na memória? Quantas vezes dizemos algo e os nossos filhos entendem exatamente o contrário? Imagine dentro de uma organização, onde temos várias pessoas e ruídos diversos?

Sem sair dos conceitos básicos sobre comunicação, precisamos entender que:
- a responsabilidade de transmitir e se fazer entender é sempre do emissor;
- só há comunicação se a mensagem for captada pelo receptor;
- antes de terminar a comunicação, devemos verificar se tudo foi entendido corretamente;
- não se usa termos ou linguagens desconhecidos pelo receptor;
- a forma como nos comunicamos torna-se nosso ”outdoor” dentro de uma organização.

Imaginamos que sempre damos o nosso recado da melhor forma, porém, ainda precisamos rever alguns de nossos vícios de linguagem, pois, somos exatamente aquilo que transmitimos através de nossa comunicação no meio em que atuamos. A arte do diálogo vai além do estabelecimento de um contato gramatical correto. Há a necessidade de exercitar nossos recursos internos e externos para entender que não é um simples despejar de palavras.

Comunicar-se é ir ao encontro, é desprezar os julgamentos precipitados, dando chances para a troca de forma bilateral, propiciar um clima de confiança e bem-estar, utilizando a empatia na busca do processo de sinergia tão importante na organização e na condução de pessoas. Perceber o momento certo, estabelecer a melhor maneira de dar e receber “feedback” tem sido uma competência cada vez mais requisitada para todos os líderes em todos os segmentos e tamanhos de empresas.

Precisamos ainda entender que a comunicação propicia uma construção verdadeira, a partir do momento em que enxergamos com maior propriedade quem somos e qual o impacto que causamos nos nossos colaboradores. Ter consciência dessa imagem, como líder, faz parte de nossa missão, e melhorá-la, é uma tarefa diária. Uma forma eficaz de comunicar-se é não abandonar os três princípios básicos:

1- pensar: através deste simples ato, não passamos pela falsa ideia de sermos os “donos da verdade” por possuímos algum conhecimento a mais que nossos colaboradores;
2- planejar: vem exatamente confirmar que para tudo que vai ser dito é importante verificar: o quê, porque, a quem, como, quanto, quando e onde podemos falar;
3- transmitir: capacidade de ser compreendido na íntegra, gerando reflexão e aprendizado através do que foi dito.

Lembre-se de que a comunicação é ferramenta essencial do líder. Os excessos de intermediários, a escolha inadequada do local, preconceitos ou mesmo o uso do status como forma inibidora, tornam ineficaz qualquer método ou tentativa de estabelecer a tão falada e pouco praticada política de “portas abertas” entre você – líder – e seus colaboradores.

A cada momento buscamos ser entendidos, porém, não sabemos exatamente como coisas aparentemente claras podem tornar-se complexas, apenas por usarmos uma linguagem pouco conhecida pelo receptor, ou mesmo, as excessivas conclusões do que fica subentendido em nosso discurso, e-mail ou procedimentos operacionais.

Examinar cada vez mais a forma como mascaramos e expressamos os nossos pensamentos, possibilita a análise das várias faces de nosso comportamento como líder, e nos mostra como atuamos em vários momentos diferentes. Considero isto um “mapeamento” necessário para nos tornarmos melhores como pessoas e, consequentemente, melhores líderes.

Comunicar-se bem é um exercício diário. Praticando-o, os resultados serão imediatos. Todos nós, líderes, devemos ter em mente que o sucesso de uma empresa – seja ela grande, média ou pequena – está na motivação gerada pela boa comunicação, na utilização de feedbacks e na busca do auto-desenvolvimento. Ter esta consciência é, sem dúvida, o diferencial do bom líder, daquele que faz o resultado acontecer de forma construtiva, transmitindo segurança e permitindo através de seus atos e palavras, reflexões para um esforço inteligente de todos.

Por Ana Lúcia de Mattos Santa Isabel

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